segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Qual método de estudo você usa????

A maioria dos métodos usados para estudar para as provas não é eficaz, segundo estudo. 


Alunos de todos os lugares: guardem seus marca-textos e peguem alguns cartões de memória! Algumas das estratégias de estudo mais populares - como destacar o texto e até mesmo a releitura - não mostram muita promessa para melhorar a aprendizagem do aluno, de acordo com um novo relatório feito por dois pesquisadores da Universidade Estadual de Kent.
John Dunlosky, professor de psicologia da Universidade Estadual de Kent e Katherine Rawson, professora assistente de psicologia, e uma distinta equipe de cientistas psicológicos revisaram as evidências científicas de 10 técnicas de aprendizagem comumente utilizadas pelos alunos. Os resultados foram publicados na Psychological Science in the Public Interest, um jornal da Association for Psychological Science.
"As escolas e os pais gastam uma grande quantidade de dinheiro em tecnologia e programas para melhorar o desempenho dos alunos, apesar das evidências, muitas vezes, não provarem firmemente que elas funcionam", disse Dunlosky. "Queríamos ter uma visão abrangente das técnicas (de estudo) mais promissoras, para direcionar professores, alunos e pais para as estratégias que são mais eficazes ainda que subutilizadas".
Com base nas evidências disponíveis, os pesquisadores forneceram recomendações sobre a aplicabilidade e utilidade de cada técnica. Embora as 10 técnicas de aprendizagem variem muito em eficácia, duas estratégias - teste prático e prática distribuída – fizeram a diferença, recebendo a mais alta classificação geral de utilidade.
Cinco dessas técnicas receberam uma classificação de baixa utilidade por parte dos pesquisadores. Notavelmente, essas técnicas são algumas das estratégias de aprendizagem mais comuns utilizadas pelos alunos, incluindo resumo, destacar e sublinhar o texto e releitura.

          "Quando os estudantes estão usando um marcador, eles comumente se concentram em um conceito por vez e estão menos propensos a integrar a informação que eles estão lendo em um contexto mais amplo", diz ele. "Isso pode comprometer a compreensão sobre o material", afirma Dunlosky.

Mas ele não sugere o abandono dos marcadores, por reconhecer que elas são um "cobertor de segurança" para muitos estudantes.

Por que alunos e professores não utilizam as estratégias de aprendizagem que apresentaram ser mais para eficazes e baratas?

Dunlosky e seus colegas descobriram que a resposta pode ter a ver com a forma como os futuros professores são ensinados.
“Estas estratégias são largamente ignorada nos livros didáticos de Psicologia Educacional que os professores iniciantes lêem, então eles não obtém uma boa introdução deles ou como usá-los, enquanto ensinam’, explicou Dunlosky.
Como resultado, os professores são menos propensos a explorar plenamente alguns dessas técnicas eficazes e fáceis de usar.
Para ajudar a resolver essa lacuna, os pesquisadores organizaram o relatório em módulos distintos, de modo que os professores possam decidir rapidamente sobre qual técnica irá beneficiar esse ou aquele aluno e os pesquisadores podem facilmente definir uma ordem sobre o que ainda precisa-se saber sobre a eficácia dessas estratégias.
"As técnicas de aprendizagem descritas nessa monografia não serão uma panacéia sobre a melhora do desempenho de todos os alunos e, talvez, obviamente, elas irão beneficiar apenas os estudantes que estão motivados e são capazes de usá-las", observou Dunlosky e seus colegas. "No entanto, quando usadas corretamente, nós suspeitamos que elas vão produzir ganhos significativos na performance em sala de aula, em testes de desempenho e em muitas tarefas encontradas em toda a vida."

Entenda como essas técnicas funcionam!!


Resumos e Mnemônicos 
       Os professores regularmente sugerem ler as anotações e os ensaios das aulas e fazer resumos.
       Mas Dunlosky diz: "Para nossa surpresa, parece que escrever resumos não ajuda em nada".
        "Os estudantes que voltam e relêem o texto aprendem tanto quanto os estudantes que escrevem um resumo enquanto lêem", diz.
         Outros guias para estudo sugerem o uso de truques mnemônicos, técnicas para auxiliar a memorização de palavras, fórmulas ou conceitos.
      Dunlosky afirma que eles podem funcionar bem para lembrar de pontos específicos, como: "Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá, Seno A Cosseno B, Seno B Cosseno A", para lembrar a fórmula matemática do seno da soma de dois ângulos: sen (a + b) = sena.cosb + senb.cosa.
        Mas ele adverte que eles não devem ser aplicados para outros tipos de materiais: "Eles não vão te ajudar a aprender grandes conceitos de matemática ou física".

Repetição
       Segundo pesquisadores, apenas marcar trechos de textos não funciona para ajudar a memorização
Então, o que funciona?
         Somente duas das dez técnicas avaliadas se mostraram efetivas - testar-se a si mesmo e espalhar a revisão em um período de tempo mais longo.
        "Estudantes que testam a si mesmos ou tentam recuperar o material de sua memória vão aprender melhor aquele material no longo prazo", diz Dunlosky.
         "Comece lendo o livro-texto e então faça cartões de estudo com os principais conceitos e teste a si mesmo. Um século de pesquisas mostra que a repetição de testes funciona", afirma.
         Isso aconteceria porque o estudante fica mais envolvido com o tema e menos propenso a devaneios da mente.
      "Testar a si mesmo quando você tem a resposta certa parece produzir um rastro de memória mais elaborado conectado com seus conhecimentos anteriores, então você vai construir (o conhecimento) sobre o que já sabe", diz o pesquisador

'Prática distribuída'
       Porém a melhor estratégia é uma técnica chamada "prática distribuída", de planejar antecipadamente e estudar em espaços de tempo espalhados - evitando, assim, de deixar para estudar de uma vez só na véspera do teste.
         Dunlosky diz que essa é a estratégia "mais poderosa". "Em qualquer outro contexto, os estudantes já usam essa técnica. Se você vai fazer um recital de dança, não vai começar a praticar uma hora antes, mas ainda assim os estudantes fazem isso para estudar para exames", observa.
       "Os estudantes que concentram o estudo podem passar nos exames, mas não retêm o material", diz.
      "Uma boa dose de estudo concentrado após bastante prática distribuída é o melhor caminho", avalia.
       Então, técnicas diferentes funcionam para indivíduos diferentes? Dunlosky afirma que não - as melhores técnicas funcionam para todos.
        E os especialistas acreditam que esse estudo possa ajudar os professores a ajudar seus alunos a estudar.


Técnica
Descrição
Eficiência
Resumos
Escrever resumo de texto
BAIXA
Marcar/sublinhar trechos
Marcar ou sublinhar o texto
BAIXA
Mnemônicos
Escolher uma palavra para associar à informação
BAIXA
Criação de imagens
Formar imagens mentais ao ler ou escutar
BAIXA
Releitura
Reler o texto
BAIXA
Interrogação elaborativa
Ser capaz de explicar um ponto ou um fato
MODERADA
Auto-explicação 
Como um problema foi resolvido
MODERADA
Prática intercalada
Alternar entre diferentes tipos de problemas
MODERADA
Teste prático 
Auto-teste para checar o conhecimento - cartões de memória
ALTA
Prática distribuída
Espalhar o estudo em um longo período de tempo
ALTA

Fontes:
http://www.kent.edu/research/newsdetail.cfm?newsitem=2552324e-f137-16bc-3a57031904214304
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/05/130520_estudo_tecnicas_pesquisa_rw.shtml

Artigo completo: http://www.psychologicalscience.org/index.php/publications/journals/pspi/learning-techniques.html

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Os alimentos e o cérebro!

  • A indústria da alimentação deverá faturar em 2014 US$5,9 trilhões, segundo estimativa da agência britânica dedicada à pesquisa sobre consumo e marcas – The Future Laboratory;
  • O mercado global de snacks (bolinhos, biscoitos, salgadinhos) deverá movimentar US$334 bilhões;
  • O Brasil consumiu em 2012, 11,3 bilhões de litros de coca-cola, empresa que faturou US$48,02 bilhões, e lucrou US$ 9 bilhões;
  • Na pesquisa do IBGE comparando 2002-2003 com 2008-2009, o consumo anual de arroz das famílias caiu 40,5% - de 24,5 kg para 14,6 kg- e o de feijão caiu 26,4% - de 12,4 para 9,1 kg;
  • Os refrigerantes do tipo cola cresceram 39,3% de 9,l litros para 12,7 litros;
  • No Brasil, 48,5% da população está acima do peso, são 94 milhões de pessoas;
  • Entre as crianças de 5 a 9 anos o aumento da obesidade multiplicou por quatro nos meninos (de 4,1% para 16,6%) e por cinco entra as meninas – de 2,4% para 11,8%;
  • Uma em cada 10 crianças abaixo dos seis anos já apresenta sobrepeso;
  • No mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde o número obesos já atinge 1,5 bilhão de pessoas;
  • Segundo um estudo da Universidade de Brasília, o SUS paga R$488 milhões por ano para tratar doenças ligadas ao aumento do peso.
      As causas citadas para explicar esta tragédia humana estão associadas à mudança tecnológica, ao estilo de vida das metrópoles, aos hábitos sedentários, a questão prática da vida atual, não deixa tempo para cozinhar, comer em casa, entre outras tantas. É óbvio que a alimentação está no centro desse problema, que há muito tempo deixou de ter uma abordagem cultural, e precisa ser encarado como uma mudança social, política e econômica.

        O problema é que a comida moderna, saborosa, suculenta, cheirosa vendida pela publicidade no mundo inteiro é uma mentira. A indústria se interessa por custo/benefício. Os aditivos dão consistência aos alimentos, não deixam a mostarda e a maionese virar uma gororoba, a carne e os produtos curados, como salsichas, mortadela, salames, perderam a cor vermelho-rosada. Os sorvetes não ficam com espuma, as sopas e caldos tem um cheiro maravilhoso.
 
E o que tudo isso tem a ver com seu cérebro?

           Uma pesquisa de Sandrine Estella Peeters, da COPPE-UFRJ aborda o tema de como os aditivos químicos afetam a saúde. Hiperatividade em crianças, citado como consequência de corantes em alimentos, além de dor de cabeça crônica. Urticária, erupção da pele, câncer em animais, além de riscos de longo prazo de causar danos cerebrais. Este é o caso do glutamato de sódio, muito conhecido nos temperos, mas é utilizado em mais de cinco mil produtos. 

           Considerado como um agente capaz de produzir efeito neurotóxico. Em outra pesquisa, da Universidade Cândido Mendes, Roseane Menezes Debatin, tese de mestrado, comenta o seguinte sobre o glutamato de sódio:

          “– É um sal composto de uma molécula de ácido glutâmico ligada ao sódio. Tem um sabor adocicado, é um grande estimulante do paladar, suprimindo os gostos desagradáveis, levando a uma maior consumo de produtos industrializados. Usado em caldos, biscoitos, snacks, miojos, batata frita. O ácido glutâmico está envolvido na ativação de uma série de sistemas cerebrais, concernentes à percepção sensorial, memória, habilidade motora e orientação no tempo e espaço. Existem vários trabalhos científicos comprovando a neurotoxicidade do glutamato, principalmente na região do hipotálamo e no sistema ventricular”.
 
Dados e informações retiradas do link:
 
Quer saber mais sobre alimentos que ajudam o cérebro?
 
E quais são os mais perigosos para nossa saúde?

Cuide da sua alimentação, pois ela influencia na maneira como seu cérebro irá trabalhar, afetando todo o seu dia a dia.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Curso de Biofeedback

O Instituto Neurofeedback, em parceria com o Unilasalle Canoas-RS, promove o Curso de Extensão em Biofeedback.

CURSO DE EXTENSÃO INTRODUÇÃO AO BIOFEEDBACK

O quê? Curso Introdutório ao Biofeedback.
Quando? Dias 25 e 26 de Outubro e 8 e 9 de Novembro.
Horário? Sexta-feira das 18h30min às 22h.
                      Sábado das 8h às 12h30min.
Onde? Unilasalle Canoas - RS
Quanto? R$ 150,00 à vista ou em 2x de R$ 75,00.
Inscrição pelo site: http://www.unilasalle.edu.br/canoas/pagina.php?id=6564

Confira e inscreva-se já!!!!
Mais informações:   http://unilasalle.edu.br/canoas/assets/upload/BIOFEEDBACK.pdf
Fone: (51) 3476.8738 – Extensão
E-mail: extensao@unilasalle.edu.br



terça-feira, 3 de setembro de 2013

Novas datas para o curso!!!

Abriram turmas para os meses de Outubro e Novembro, no Curso de Introdução ao Bio e Neurofeedback.
Além da data de Setembro.

Datas:

19 e 20 - Outubro
23 e 24 - Novembro

Segue o link de inscrição: http://bit.ly/Intro2013

Aproveite essa oportunidade e participe!!

Contamos com tua presença.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Evento: 2ª Semana de Psicologia!

Na noite do dia 26/08, a Psicóloga Cinara Ferreira Soares, participou do evento realizado pela Unilasalle, em razão da 2ª Semana da Psicologia.




Com o tema Psicologia na Contemporaneidade: novos campos de atuação, a Cinara trouxe a pauta o Bio e Neurofeedback e suas relações com o fazer psicológico atual.








segunda-feira, 5 de agosto de 2013

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Treinamento com Neurofeedback oferece novos caminhos para o tratamento de crianças com TDA/H


Quando uma criança é diagnosticada com Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (TDA/H), alguns pais ficam relutantes em tratar com medicação. O treinamento com Neurofeedback, no qual a pessoa aprende a controlar aspectos da atividade das ondas cerebrais, oferece outra opção. Na revisão de 2012, a Academia Americana de Pediatria deu ao Biofeedback nível 1 de eficácia - mesmo nível dado aos medicamentos.
Um estudo de caso apresentado na Revista Biofeedback ilustra como as crianças com TDA/H podem ser avaliadas e treinadas com sucesso usando Neurofeedback. Uma avaliação inicial da criança permite aos provedores definir os parâmetros de treinamento individualizado. O Neurofeedback é combinado com estratégias de aprendizagem para aplicar as habilidades de auto-regulação de situações da vida cotidiana.
O sujeito do estudo, uma menina de 10 anos que preencheu os critérios para o diagnóstico de TDA/H, completou o treino inicial na primeira parte do seu 5° ano escolar. Ela demonstrou sintomas de distração, dificuldade em completar tarefas e dificuldade de concentração em seu trabalho escolar. Sua avaliação mostrou que ela tinha um padrão clássico de excesso de atividade das ondas cerebrais lentas. Ela respondeu bem a sessão de treinamento prático projetado para permitir que a paciente e os pais saibam o que esperar durante as sessões de treino duas vezes por semana.
Nas sessões de uma hora de duração, eletrodos são colocados, criando uma interface cérebro-computador. Atividades curtas e repetitivas de 2 a 3 minutos ensinam a criança a manter o foco, dando o feedback (retorno) sobre seu o sucesso em manter a concentração. A aprendizagem envolve uma exibição de um jogo (jogo de boliche, dardo se movendo em direção a um alvo, algo se movendo através de um labirinto), que é ativado quando o padrão de ondas cerebrais indica calma e foco e pára quando a criança sai fora desse padrão. A criança aprende, assim, o que ela sente ao prestar atenção conforme vai tendo que manter-se focada para colocar o jogo em movimento novamente. A duração do tempo e a dificuldade das tarefas são aumentadas ao longo do tempo. Para as crianças, motivação e interação positiva com o treinador são criadas, dando louvor e oferta de fichas que a criança pode usar para ganhar um prêmio.
A menina tinha um treinador principal, mas ela também trabalhou com vários outros treinadores em diferentes salas ao longo das sessões. Essa abordagem garantiu que os efeitos do treinamento vieram do Neurofeedback e das estratégias de aprendizagem, e não da relação treinador-sujeito. Ao longo de 60 sessões de treinamento, essa menina, gradualmente, aprendeu a reduzir a atividade cerebral das ondas lentas (3-7 Hz) e aumentar a atividade das ondas rápidas na faixa do ritmo sensório-motor (12-15 Hz), enquanto inibia uma faixa que refletia no efeito da tensão muscular (52-58 Hz).
Esse estudo de caso partilha técnicas utilizadas no treinamento de Neurofeedback para crianças com TDA/H, com o objetivo de ajudar os médicos a realizar o treinamento apropriado. Com profissionais realizando um trabalho de qualidade com bons resultados, o campo do Biofeedback pode continuar avançando.
O texto completo do artigo: “Treinar com sucesso uma criança com TDA/H”, Biofeedback, vol. 41, No. 2, 2013, está disponível em http://www.aapb-biofeedback.com/doi/full/10.5298/1081-5937-41.2.07

Sobre a Revista Biofeedback
A Biofeedback é publicada quatro vezes por ano e distribuída pela Associação de Psicofisiologia Aplicada e Biofeedback. A missão da AAPB é promover o desenvolvimento, a disseminação e a utilização do conhecimento sobre psicofisiologia aplicada e Biofeedback para melhorar a saúde e a qualidade de vida por meio de pesquisa, educação e prática. Para mais informações sobre a associação, consulte http://www.aapb.org.


Tradução e adaptação livre feita do artigo: Neurofeedback Training Offers New Paths for Treating Children With ADHD, do site PRWeb de Ontário-Canadá, dia 11 de Julho de 2013.


Disponível em: http://www.prweb.com/releases/2013/7/prweb10911789.htm

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Muito Além do Peso!

Complementando o post anterior, disponibilizamos aqui o documentário Muito Além do Peso, que aborda a questão da nutrição das crianças no Brasil.
Vale a pena conferir.

Os benefícios da amamentação para o cérebro dos bebês!


Um estudo utilizando de imagens do cérebro, feito por Ressonância Magnética, contribui para o crescente corpo de evidências de que a amamentação melhora o desenvolvimento do cérebro em crianças. A amamentação, sozinha, produziu um melhor desenvolvimento do cérebro do que uma combinação de aleitamento materno e fórmula, que produziu um melhor desenvolvimento do que somente com o uso da fórmula.



PROVIDENCE, RI [Brown University] - Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Brown encontrou mais evidências de que o aleitamento materno é bom para o cérebro dos bebês.

O estudo fez uso da Ressonância Magnética por imagem, especializada e “amiga do bebê”, para olhar para o crescimento do cérebro em uma amostra de crianças com menos de 4 anos de idade. A pesquisa constatou que até 2 anos de idade, os bebês que haviam sido exclusivamente amamentados por pelo menos três meses tiveram um maior desenvolvimento em partes importantes do cérebro em comparação com as crianças que eram alimentadas unicamente com fórmula ou que foram alimentadas com uma combinação de fórmula e leite materno. O crescimento extra foi mais pronunciado em algumas partes do cérebro associadas com a linguagem, função emocional e cognição, mostrou a pesquisa.

Esse não é o primeiro estudo a sugerir que a amamentação auxilia no desenvolvimento do cérebro dos bebês. Estudos comportamentais já, previamente, associaram a amamentação com melhores resultados cognitivos em adolescentes mais velhos e em adultos. Mas esse é o primeiro estudo de imagem que procurou diferenças relacionadas com a amamentação nos cérebros de crianças muito jovens e saudáveis, disse Sean Deoni, professor assistente de Engenharia na Brown e autor principal do estudo.

Queríamos ver o quão cedo essas mudanças no desenvolvimento do cérebro ocorre de fato, disse Deoni. “Nós mostramos que elas (mudanças) estão lá quase de cara.”

Os resultados estão na imprensa na Revista NeuroImage e agora disponível online:

Deoni lidera o Laboratório Avançado de Imagem do Bebê na Universidade Brown. Ele e seus colegas usaram aparelhos de ressonância magnética tranquilos que captam imagens do cérebro dos bebês enquanto eles dormiam. A técnica de ressonância magnética que Deoni desenvolveu foca na microestrutura da matéria branca do cérebro, o tecido que contém as fibras nervosas longas e ajuda as diferentes partes do cérebro a comunicarem-se entre si. Especificamente, a técnica procura por quantidades de mielina - o material gordo que isola as fibras nervosas e os sinais elétricos velozes enquanto eles se comprimem à volta do cérebro.

Deoni e sua equipe analisaram 133 crianças em idades variando de 10 meses a quatro anos. Todos os bebês tiveram um tempo normal de gestação, e todos vieram de famílias com condições socioeconômicas semelhantes. Os pesquisadores dividiram os bebês em três grupos: aqueles cujas mães relataram que exclusivamente amamentaram por pelo menos três meses; aqueles alimentados com uma combinação de leite materno e fórmula; e aqueles alimentados somente com fórmula. Os pesquisadores compararam as crianças mais velhas com as mais jovens para estabelecer trajetórias de crescimento da matéria branca para cada grupo.


O estudo mostrou que o grupo que foi exclusivamente amamentado teve o crescimento mais rápido na substância branca mielinizada dos três grupos, com o aumento no volume da substância branca tornando-se importante a partir dos dois anos de idade. O grupo alimentado com o leite materno e a fórmula apresentaram maior crescimento do que o grupo exclusivamente alimentados com fórmula, mas menos do que o grupo alimentado somente com leite materno.

Estamos descobrindo a diferença [no crescimento substância branca] é da ordem de 20 a 30%, comparando as crianças amamentadas com as não-amamentadas”, disse Deoni. “Eu acho que é surpreendente que possa haver tanta diferença tão cedo.”

Deoni e sua equipe, em seguida, cruzaram os dados das imagens com um conjunto de testes cognitivos básicos sobre as crianças mais velhas. Esses testes mostraram maior desempenho de linguagem, recepção visual e controle motor no grupo amamentado.

O estudo também analisou os efeitos da duração do aleitamento materno. Os pesquisadores compararam os bebês que foram amamentados por mais de um ano com aqueles amamentados menos de um ano, e encontraram um aumento significativo no crescimento do cérebro dos bebês que foram amamentados por mais tempo - especialmente em áreas do cérebro que lida com a função motora.

Deoni diz que os resultados adicionam a um corpo substancial de pesquisa que encontra associações positivas entre amamentação e saúde do cérebro infantil.

"Eu diria que, combinado com todas as outras provas, parece que a amamentação é absolutamente benéfica", disse ele.

Outros autores no estudo foram Douglas Dean, Irene Piryatinsky, Jonathan O'Muircheartaigh, Lindsay Walker, Nicole Waskiewicz, Katie Lehman, Michelle Han e Holly Dirks, todos trabalham com Deoni n Laboratório de Imagem do Bebê. O trabalho foi financiado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental.

Tradução e adaptação livre feita do artigo Breastfeeding benefits babies'brains, publicado pela Brown University, dia 6 de Junho de 2013. 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Os ritmos cerebrais são fundamentais para a aprendizagem.


Os neurocientistas sabem, há muito tempo, da existência de ondas cerebrais - oscilações rítmicas da atividade elétrica que, acredita-se, refletir no estado cerebral. Por exemplo, durante o repouso, a atividade cerebral diminui a um ritmo Alfa de cerca de 8 a 10 hertz, ou ciclos por segundo.



É pouco claro o papel, se é que há algum, que essas ondas desempenham nas funções cognitivas, tais como a aprendizagem e a memória. Mas agora, um estudo de neurocientistas do MIT mostra que a alternância entre dois desses ritmos é fundamental para o aprendizado de um comportamento habitual.
Em um artigo publicado essa semana na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências (Nacional Academy of Sciences - PNAS), os pesquisadores relataram que conforme os ratos vão aprendendo a executar um labirinto, a atividade em uma região do cérebro que controla as mudanças de formação de hábito muda de um ritmo rápido, caótico para um ritmo mais lento, mais sincronizado. Essa alternância ocorre assim que os ratos começam a dominar o labirinto, sinais da probabilidade de que o hábito foi formado, diz Ann Graybiel, professora do Instituto MIT, autora sênior do PNAS.
Esse é um grande indício de como o cérebro se reorganiza durante a aprendizagem, diz Graybiel, que também é a principal investigadora no Instituto McGovern para Pesquisa do Cérebro do MIT.

Ritmos no cérebro

Várias ondas cerebrais de diferentes frequências foram observadas em seres humanos e outros animais. Esse trabalho é focado em ondas Beta, que variam de 15 a 28 hertz, e altas ondas Gama, que variam de 70 a 90 hertz. A banda Beta está associada com a falta de movimento, e a Gama com estados altamente atentos.
Graybiel e o estudante Mark Howe, autor principal do artigo, propuseram-se ver se eles poderiam vincular esses ritmos com as mudanças no estado cerebral que acompanham a aprendizagem.
O laboratório de Graybiel mostrou anteriormente que os padrões da atividade elétrica em uma parte do cérebro, conhecida como os gânglios da base, são fundamentais para a formação do hábito. Os hábitos começam quando você ganha algum benefício na tomada de uma determinada ação, mas, eventualmente, o comportamento torna-se enraizado e você o faz, mesmo quando não obtém a recompensa. Em casos extremos, isso pode significar continuar coçando uma parte do corpo, mesmo depois da coceira ter parado, por exemplo.
Nesse estudo, Howe observou os ritmos do cérebro em uma região na parte inferior dos gânglios da base, conhecida como estriado ventral. Essa área é necessária para responder à dor ou ao prazer, e é também altamente envolvida na adicção.
A atividade cerebral foi medida conforme os ratos corriam ao longo de um labirinto em forma de T, no qual tiveram que aprender a virar à esquerda ou à direita em resposta a um som. Se eles fizessem a virada correta e chegassem ao final do labirinto, receberiam uma recompensa: leite com chocolate.
Nas primeiras corridas, enquanto os ratos ainda estavam aprendendo o labirinto, os pesquisadores viram explosões de atividade no estriado ventral, na faixa de frequência gama, pouco antes dos ratos terminarem o labirinto. Essa atividade foi dispersa por todo o corpo estriado ventral: células sincronizadas com o ritmo em momentos diferentes, de uma forma bastante descoordenada.
Quando os ratos começaram a pegar a forma de ganhar a recompensa, a atividade Gamma desapareceu e foi substituída por curtos períodos de atividade na banda beta, uma frequência mais baixa, logo depois que eles terminaram o labirinto. A atividade também se tornou muito mais coordenada em todo o estriado ventral.
“Embora tenha havido muito trabalho no estudo das oscilações cerebrais, não há realmente nenhum trabalho observando como as oscilações em diferentes faixas de frequência impactam nas diferentes partes do processo de aprendizagem, e é isso que esse trabalho faz”, diz Michael Frank, um professor associado das ciências Cognitiva, Linguística e Psicológica da Universidade Brown, que não estava envolvido com o trabalho.

Reforçando hábitos

Para obter uma visão mais profunda do que estava acontecendo durante essa mudança de frequência, os pesquisadores também mediram a atividade de neurônios individuais no estriado ventral, e descobriram que a atividade em dois grupos de neurônios coordenavam-se com as oscilações.
"Sempre que você tiver um ritmo forte, essas duas populações de neurônios oscilarão em direções opostas", diz Howe.
Esse achado sugere que, enquanto os ratos estão aprendendo um novo comportamento, a atividade de alta frequência nos neurônios de saída do estriado ventral envia mensagens para o resto do cérebro dirigindo-o para aprender um novo comportamento, reforçado pela recompensa do chocolate. Então, uma vez que o comportamento é aprendido e um hábito é formado, essas mensagens não são mais necessárias, e são desligadas pelos neurônios inibitórios durante as oscilações Beta.
“À medida que os ratos vão aprendendo, o sinal de reforço vai embora, porque você realmente não precisa dele”, diz Graybiel. Isso é benéfico para o cérebro, pois uma vez que o hábito é formado, “o que você quer fazer é liberar aquele pedaço de cérebro para que você possa fazer outra coisa - formar um novo hábito ou pensar algo importante”, diz ela.
Os pesquisadores, incluindo Howe, Graybiel, e outros membros do laboratório: Hisham Attalah, Dan Gibson e Andrew McCool, estão planejando investigar se a formação do hábito é interrompida se eles alterarem os ritmos cerebrais no estriado ventral. Eles também querem identificar, mais especificamente, os neurônios que estão envolvidos. Identificar e controlar esses neurônios pode oferecer uma nova forma de ajudar a combater a adicção - uma forma extrema de comportamento habitual.

Oferecido por: Massachusetts Institute of Technology

Tradução e adaptação livre feita a partir do artigo Brain rhythms are key to learning, da autora Anne Trafton, publicado no dia 27 de Setembro de 2011, no site Medicalxpress, na seção Neuroscience.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Corpo Humano!!


Confira as três partes do programa Globo Reporter, do dia 17/05/2013, que falou sobre o corpo humano e seu fantástico funcionamento.
Precisamos entender a dinâmica de nossa corpo, para utlizarmos nosso máximo potencial.

http://www.youtube.com/watch?v=jAulw4lmWPw (parte I)

http://www.youtube.com/watch?v=jAulw4lmWPw (parte II)

http://www.youtube.com/watch?v=8FxcVbupqtw (parte III)

Assistam!!

Bom início de semana!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

"Tá com raiva???? Venha treinar"




                                                   
É muito comum em uma situação como essa, e em tantas outras de nosso dia a dia, sentirmos raiva. Por isso para esse início de semana disponibilizamos um artigo sobre a raiva, uma curiosidade e um vídeo sobre meditação em 1 minuto.


Artigo:
Artigo completo, da Revista Superinteressante, sobre a RAIVA!

 VERDADES E MENTIRAS SOBRE A RAIVA
 OS MITOS
 AS VERDADES
1) Reprimir a Raiva faz mal a saúde. A Raiva não expressa e não manifestada causaria outros danos psíquicos e mesmo orgânicos.
1) Sentir a Raiva, seja ela manifestada ou reprimida, SEMPRE causará danos ao organismo como um todo, física e/ou psiquicamente.

2) Deve-se botar tudo para fora, desenterrar a Raiva sepultada nas doenças psicossomáticas, na depressão, nos problemas familiares. Seria uma homenagem ao individualismo, haja o que houver.

2) Sábio o ditado “quem fala o que quer ouve o que não quer”. Quanto menos a pessoa tiver equilíbrio suficiente para conter os instintos e impulsos primários mais se aproxima dos animais.
3) Sou calmo e dócil, desde que ninguém mexa comigo. Sou do tipo “dou um boi para não entrar na briga e uma boiada para não sair dela”.
3) Isso não quer dizer absolutamente nada, calmo e dócil é a pessoa que se mantém assim, mesmo que os outros mexam com ela.
4) Aprendi a não levar desaforos para casa, não agrido mas respondo na mesma moeda. Afinal, “somos gente ou ratos?”
4) Quem se descontrola a ponto de deixar se dominar pelos instintos e impulsos, de fato, está muito mais próximo do rato (instintivo) que de gente.
5) Qualquer forma de liberação agressiva da Raiva, tal com berrar, morder, bater, quebrar, coloca o raivoso em contato com os seus sentimentos e essa atitude alivia o sentimento.
5) É mais provável que a agressão tenha, precisamente, o efeito oposto da catarse que se pretende e, ao invés de exorcizar a Raiva, inflama-a ainda mais.
6) O importante é ter a liberdade de expressar a Raiva para não se sentir mal com esse sentimento reprimido.
6) O importante é ter serenidade e controle suficientes para NÃO SENTIR RAIVA.
Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=255

 PATOLOGIAS CARDIOCIRCULATÓRIAS AGRAVADAS PELA RAIVA
 Patologia
 Como
 Hipertensão Arterial
 Contração dos vasos sanguíneos
 Arritmias Cardíacas
 Estímulo simpático ou parassimpático
 Oclusão das Coronárias
 Aumento da agregação plaquetária
 Infarto do Miocárdio
 Por oclusão das coronárias
Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=255


Curiosidade:
Por que ficamos brabos quando temos fome??? 
Extravasar a raiva faz bem????
Leia nesse link, da Revista Superinteressante, e descubra as respostas...
http://super.abril.com.br/blogs/como-pessoas-funcionam/tag/raiva/


Vídeo:
Aprenda, nesse vídeo, a meditar em 1 minuto e evite gastar energia incomodando-se com filas de supermercado, trânsito movimentado, lojas lotadas, etc..






RESPIRESORRIA e EXERCITE SUA PACIÊNCIA!!!




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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Neurofeedback em alta!

Essa reportagem, que saiu na Isto É em Abril, fala dos benefícios do Bio e Neurofeedback e conta com a participação da nossa neuropsicóloga Cinara Ferreira Soares.





Ficou interessado???
Venha conhecer nosso trabalho!!!
 Ligue (51) 3466-1602, ou mande e-mail: contato@institutoneurofeedback.com.br e marque sua avaliação. 


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Limpando a "casa"!


Dando sequencia a postagem anterior, disponibilizo outro artigo da Revista Vida Simples falando dessa "faxina emocional" que devemos fazer constantemente em nós mesmos.
 http://vidasimples.abril.com.br/temas/faxina-emocional-739422.shtml


E para começar bem essa limpeza, é necessário parar para respirar e refletir sobre si mesmo. Essa reportagem da Revista Veja aborda o assunto.
 http://veja.abril.com.br/091209/pausa-respirar-p-182.shtml



Bom final de semana e mãos a obra!!!!! 

terça-feira, 30 de abril de 2013

Treinar para ser feliz!!!!!

Confira a reportagem publicada no site Universia falando sobre a possibilidade de treinarmos nosso cérebro para ser feliz. O artigo traz 3 dicas de como podemos fazer isso, acrescentamos a 4ª dica: Treine com Neurofeedback, não só para ser feliz, mas para melhorar em todas as outras áreas da tua vida!



http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/07/10/949677/e-possivel-treinar-cerebro-felicidade-ou-tristeza-mostra-estudo.html

E para começar a fazer essa "faxina mental" e parar de gastar energia com coisas menores, concentrando-se no que realmente é importante para ti, leia o artigo Encare seus demônios, publicado na Revista Vida Simples.


http://vidasimples.abril.com.br/temas/encare-seus-demonios-738370.shtml

Boas leituras, bom feriado e boa respiração!!!!